Pedido

Não permita Deus que eu morra
Sem dos espinhos me livrar
Sem que eu viva a desfrutar,
Das alegrias de amar.

Um olhar

Difícil de disfarçar...
O mundo estaria equivocado?
Um despertar e...
guiada eu estaria.

Longe, não consigo acreditar.
Agora carrego
Sinais de um encantar que
Nasceu de um olhar.

Assim sem saber onde começar,
Segui sem imaginar
Como esse ousar poderia,
Infinitamente me deixar.

Mas, mergulhada em seu palco.
Esperando o momento de estrear
Novamente está
Trago-te um carinho e um afago

Ou um dia poderá me apagar.

Amor ausente

Eu escrevia um poema,
Quando a lágrima caiu
E molhou exatamente
A palavra amor.

Senti meus olhos se enchendo
as gotas correndo.
Percebi sonhos crescendo,
mas ainda distantes.

Trazia na alma uma dor
tão forte que denunciava
vontades e desabafos
de um coração esquecido.

Meus olhos revelavam dores
diante de um quadro inalterado
Donde as mais belas flores
perdiam sua cor e seu legado.

Os sentidos se confundiam
como pássaros na mudança de estação.
Moviam-me para lugares
onde jamais encontrariam solução.

Por fim um dia! Senti na brisa,
o cheiro do amor ausente,
que mais adiante,
se tornaria transparente.

Voltar à infância

Quem me dera voltar à infância
Das coisas simples e inocentes
Brincar e me lesar na ânsia
De voltar, mesmo que doente

Ah! Subir nas árvores...
E lembrar das vezes que não conseguia voltar
Ah! Como era bom juntar as amiguinhas...
E fazer aquela bagunça sob as cabaninhas.

Ser assim, apenas criança
Apenas viver sem esperar por nada
Ser de novo assim, feliz e cândida
Apenas brincando com o tempo

Quem me dera voltar à infância
E lembrar como eram puros
Os pensamentos que minh`alma hoje
Suporta com vil pesar...

Aí me lembrei...

Voltando à minha infância,
percebi quantas lembranças ainda permanecem.
Aí me lembrei que estão cada vez mais vivas,
quando percebo que ainda as sinto.

Aí me lembrei dos momentos tristes,
E chorei, chorei mesmo como se fosse hoje.
Aí me lembrei da primeira bonequinha,
e do meu encantamento diante dela.

Aí me lembrei do meu paizinho,
pegando-me no colo
enquanto eu dormia diante da TV
e com um beijinho me punha em meu leito.

Aí me lembrei da minha mãezinha,
me contando uma história
quando eu não queria dormir,
com seu jeitinho doce e carinhoso.

Aí me lembrei das brigas com meu irmão
que sempre acabavam em deliciosas brincadeiras.
Das vezes em que ele brincava de boneca,
só pra me fazer feliz.

Ai me lembrei dos almoços de domingo.
Todos se reuniam na casa da vovó
Aí me lembrei do gosto da macarronada
Hum, que delicia! E aquele cheirinho...

Aí me lembrei do quanto era feliz
me lembrei que chorar e sorrir
tinham outros significados...
Que saudades daquele tempo!!!